segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sandy encara com nobreza repertório de Michael Jackson

MARCUS PRETO
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA (PR)

Caiu do cavalo quem pensou que Sandy não daria conta de encarar com nobreza o repertório de Michael Jackson. No show que traz nessa segunda-feira (21) a São Paulo, a cantora e sua banda recriam com inteligência e bom gosto canções de diversas fases do artista --do menino prodígio do Jackson 5 ao astro mundial de "Thriller".

A estreia nacional aconteceu no sábado (19), em Curitiba, como parte do Circuito Cultural Banco do Brasil. Além de Sandy cantando Michael, o projeto traz o repertório de Chico Buarque visitado por Maria Bethânia --que tem apresentação paulistana na terça (22)-- e as canções de Roberto e Erasmo Carlos recriadas por Lulu Santos --repetido por aqui na quarta (23). A direção é sempre de Monique Gardenberg.

E --quem diria?-- Sandy é mesmo a maior surpresa do pacote. Ela consegue escapar de todos clichês que envolvem a memória de Michael.

Os arranjos instrumentais, criados por ela com sua banda e o marido Lucas Lima, transformam delicadamente as canções sem descaracterizá-las. Não é que Sandy faça feio nas mais animadas, como "Bad", "Billie Jean", "Thriller" e "Don't Stop Till You Get Enought". Mas é nos números mais lentos que a cantora brilha de fato. Parece que foram escritos para a voz dela.

Exemplos? Calcado em piano, baixo e bateria apenas, "Ben" ganhou ares de cool jazz. "Music and Me" e "I'll Be There" têm sua raizes folk realçadas pelos violões de aço. E até "Earth Song", cafoníssima na interpretação original de Michael, ganha sobriedade e elegância na versão de Sandy.

Ela e Monique são precisas também na escolha dos elementos extramusicais que ajudam a trazer para o palco o universo do artista. Usam o chapéu, o colete vermelho de "Thriller", a luva, os paetês. Mas nada é mera fantasia carnavalesca, ninguém quer imitar Michael Jackson. Os objetos apenas insinuam o universo do cantor.

Em vários momentos do show, Sandy faz um paralelo entre sua história e a de Michael, "a vida dele foi exposta ao mundo desde pequeno, coisa com que me identifico". Talvez seja por esses espelhos, "Man in the Mirror", que ela consiga vê-lo além das caricaturas. E é preciso admitir: ela sabe do que está falando.

Eduardo Fujii/Divulgação
Sandy encara com nobreza o repertório de Michael Jackson em show hoje em SP
Sandy encara com nobreza o repertório de Michael Jackson em show hoje em SP

O jornalista MARCUS PRETO viajou a convite do Circuito Cultural Banco do Brasil

Fonte: Folha.com

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Simplesmente Sandy

Primeiro DVD solo de Sandy chega às lojas dia 24Primeiro DVD solo de Sandy chega às lojas dia 24

NOVO DVD


Manuscrito Ao Vivo, primeiro DVD solo carreira de Sandy, registra a nova fase da cantora e conta com participações de Seu Jorge, Lenine e Nerina Pallot


“Já fiz sucesso com o meu irmão, hoje não estou preocupada com isso. Estou muito solta, livre para me divertir e fazer o que quiser”, diz Sandy, referindo-se à carreira sem o irmão Junior Lima, com quem dividiu os palcos por 17 anos. Manuscrito Ao Vivo, seu primeiro DVD solo, marca a nova fase. O álbum, que deve chegar às lojas no dia 24, conta com a participação de Seu Jorge, Lenine e da inglesa Nerina Pallot.


Para o lançamento de Manuscrito Ao Vivo, Sandy se apresentará em São Paulo, amanhã, em um show sem convidados, mas com algumas surpresas. “Estou preparando uma coisinha diferente, mas não quero contar”, despista.


Além do novo DVD, Sandy tem outros projetos, entre eles o de atuar na minissérie As Brasileiras (Globo), prevista para 2012.


Outra novidade é o espetáculo Covers, em que Sandy interpretará os principais sucessos do ídolo pop Michael Jackson (1958-2009). “É um atrevimento da minha parte, uma releitura de uma fã”, diz.


O DVD


Depois de um ano excursionando com o repertório, a cantora apareceu mais solta e segura no palco, que por anos dividiu com o irmão caçula, Junior Lima.


A boa banda e a escolha do imponente Teatro Bradesco colaboraram para o clima de festa da apresentação, que ganhou de Seu Jorge, Lenine e da inglesa Nerina Pallot toques de suingue, brasilidades e blues nas canções Tão Comum, Sem Jeito e Dias Iguais, respectivamente.


Sandy fez tributos a seus ídolos, como Marisa Monte (Beija Eu), Renato Russo (Por Enquanto) e Oasis (Wonderwall), mas foi na hora em que relembrou sua fase ídolo adolescente _com as músicas Estranho Jeito de Amar e Quando Você Passa que o público se encantou, e a própria cantora se divertiu com tamanha tietagem. (da Folhapress)


Fonte: O POVO

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Resultado Camarim Citibank Hall - Säo Paulo/SP (17/11/11)

1. Akiko Moura Hanasiro
2. Aline Zanforlin Nascimento
3. Caroline Possão
4. Danubia Carvalho Clemente
5. Fabiana Matuoka Lopes
6 .Fernando Batista de Matos
7. Franklin Afonso Lima
8. Giselly de Cássia Barsotti
9. Júlio Cesar Lopes de Oliveira
10. Lucas Negrão Galvão de França
11. Natália Falcão Henriques Ferreira
12. Nathalia Beltrame
13. Natiare Azevedo
14. Pâmela Dias Machado Viana
15. Rodrigo Fantini
16. Sabrina Moura de Oliveira
17. Emerson Vieira dos Santos
18. Wellington Pereira Tavares
19. Betinho Cozer
20. Paulo Pádua

domingo, 13 de novembro de 2011

"Não importa o que eu faça, vão reclamar", diz Sandy

MARCUS PRETO
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

"Se eu digo que vou cantar uma música do Michael Jackson igualzinho ele fez, vão dizer: 'Esta Sandy é uma pretensiosa!'. Se disser que vou criar uma versão completamente diferente da dele, dizem: 'Esta Sandy é uma pretensiosa!'. Não importa o que eu faça, vão reclamar."

Lançando "Manuscrito", primeiro DVD sem o irmão Junior, Sandy é estreante no mundo das cantoras solo. Mas é veteraníssima nas contradições do showbiz e sabe lidar com elas como poucas.

Michael Jackson não é um exemplo jogado ao acaso.

A cantora Sandy em cena de seu primeiro DVD
A cantora Sandy em cena de seu primeiro DVD gravado sem a companhia do irmão Junior

Sandy foi convidada a participar de um projeto dirigido por Monique Gardenberg (o show chega a São Paulo no dia 21, no Via Funchal) e cantar seu compositor favorito. Escolheu ele, o rei do pop.

Segundo diz, vai fazer "versões modestas" do repertório dele. Mas sabe que, faça o que fizer, a paulada vem.

Ela diz que acompanha a carnificina no Twitter.

"É impossível ficar insensível. Conversei muito sobre isso na análise. Concluí que, para o mundo não ficar pesado demais, preciso trabalhar para quem quer me ver, não para quem não gosta [dela]."

Aprendeu também que qualquer informação a respeito de sua vida importa mais do que a música que faz.

"Manuscrito", o álbum de estúdio que deu origem a este DVD, vendeu, segundo sua gravadora, 60 mil cópias.

É disco de ouro. Mas não fez barulho que se comparasse à repercussão de uma frase sua publicada na "Playboy", em agosto: "Acho que é possível ter prazer anal".

Sofreu um bocado com a polêmica, mas já conhecia o antídoto. "É ficar resignada e esperar que passa."
Passou. O episódio, ela diz, valeu para que o Brasil percebesse que ela cresceu.

"Foi uma consequência bem-vinda. Tenho 28 anos, e só com essa história as pessoas se deram conta disso."

Sandy é estreante, mas não faz parte da chamada "nova geração" da música nacional.

Conversando sobre sua música, nota que não tem as mesmas referências que as colegas de primeiro disco solo. Nem as mesmas ansiedades artísticas.

"Já passei por tudo isso. Agora, quero dar vazão ao que está na minha cabeça, ao que já sou, e não ficar procurando novos caminhos."

Já se sabe o que esperar de Sandy, a veterana novata.

Agora, é só reclamar.