sexta-feira, 23 de julho de 2010

'Não sou a Lady Gaga', diz Sandy


Farta da patrulha que a cerca desde os 15 anos, cantora fala que não precisa mais de sucesso.

Aos 27 anos, cantora reclama da cobrança por atitude. Foto: Juan Guerra/AE

Julio Maria

SÃO PAULO - Sandy está sentada em um sofá branco entre três senhoras distintas, que são aplaudidas pela plateia a cada vírgula das frases que dizem. Elas falam de violência, que mulher não deve apanhar de homem jamais. E dá-lhe salva de palmas. Sandy não diz muito, o assunto é pesado. Uma mulher é advogada, a outra é delegada, e a outra é Hebe Camargo. "Homem que estupra tem que ser castrado", diz Hebe. Mais palmas. Sandy não se sente exatamente em casa. Afundada ali naquela poltrona durante a gravação do programa de Hebe Camargo, que iria ao ar na segunda-feira passada, no SBT, a cantora parece ter menos do que seus 27 anos oficiais. Sua voz é doce, seus olhos nunca têm raiva. Seria falta de atitude?

Eis a palavra que persegue Sandy desde seus 15 anos, quando cantava com o irmão Junior: atitude. Atitude para cantar, atitude para falar, atitude para ser alguém famoso, que geralmente namora, briga, fala o que pensa. Ao Estado, Sandy, em fase de lançamento de seu primeiro disco-solo, Manuscrito, fala das cobranças que a perseguem, diz que não precisa mais do sucesso que fez com o irmão Junior e analisa as duas Sandys que lhe rondam como fantasmas: a Sandy que nunca existiu e a Sandy que nunca existirá. "Não adianta, eu não sou rebelde, nunca precisei dessa rebeldia."

Sandy, quem é você?

Sou uma pessoa muito reflexiva, penso muito sobre tudo, gosto de discutir, de fazer indagações, perguntas que às vezes não têm respostas. Gosto muito desse lado mais abstrato da vida.

As pessoas esperam sempre uma Sandy diferente disso, não?

Antes de gravar este disco, tentei dar o mínimo de atenção para as expectativas, as influências externas. Eu precisava me ouvir, e é difícil quando você tem um monte de gente dando opinião. Gosto de ouvir o outro, mas gosto de ter o controle das coisas, controle sobre mim. Antes eu tinha esse compromisso com o sucesso, compromisso com o público, compromisso em vender. Agora não. Agora eu estou livre de tudo.

Público, gravadora, fãs, imprensa. Não se preocupa mais com isso?

Não, e isso é muito libertador. Eu tenho 20 anos de carreira, já vendi muitos discos, fiz shows para grandes públicos, provei o que tinha de provar. Eu não preciso mais provar nada, dei conta de manter aquilo, trabalhar como uma doida, estudar. Aquilo para mim está realizado, está cumprido.

Desculpe, mas o sucesso não é algo importante?

Não. E eu já não faço mais o mesmo sucesso que eu fazia com o meu irmão. Continuo sendo uma celebridade, todo mundo quer saber de mim, mas já faço menos sucesso hoje do que fazia.

E você fala isso com esse sorriso?

Claro, estou superfeliz. Agora estou aqui para me divertir.

Você diz estar na estrada desde os 7 anos de vida. Não perdeu muitacoisa com isso?

Na infância eu estudei, tive amigos e brinquei, mas não podia sair na rua, ir ao shopping com os amigos. Na adolescência também não, perdi privacidade. Não foi muito fácil. Quando tinha 15 anos, todos já queriam saber quem eu namorava. Mas eu quase não me lembro de quando não era famosa. Antes de eu virar a Sandy, já era filha do Xororó ou, como dizem alguns, a filha do Chitãozinho e Xororó (risos). Minha mãe me deu todas as oportunidades do mundo para eu voltar atrás. A cada renovação de contrato ela me chamava e dizia: "Tem certeza de que quer continuar fazendo isso?" E eu: "Mãe, pelo amor de Deus, tenho certeza, porque você está perguntando?"

Aí vem a adolescência e outro peso recai sobre você: atitude. As pessoas querem que você tenha mais atitude.

Eu não fui rebelde mesmo, assumo, eu não fui uma adolescente rebelde. Daqui a três anos eu terei 30 e não fiquei rebelde ainda. Eu tinha a vida que... Não precisava reivindicar nada, minha convivência com meus pais era fácil, tranquila, eu tinha liberdade. E se por um lado eu era criticada por ser comportada demais, por outro fui exemplo para famílias. As mães vinham dizendo: "Nossa, você é um exemplo para minha filha."

Mas isso não tem glamour.

Pois é, não tem glamour para as pessoas, isso é brega.

Aliás você tem pais que não se separam, você não briga com seu irmão, tudo que parece muito desinteressante para a mídia, não é?

Para a mídia e para o público, já que a mídia publica aquilo que o público procura. Não é interessante mesmo, pois é, minha vida é chata. Não tenho vida de artista, tenho vida de gente normal.

Existe um pouco de rock no seu disco novo, não é?

Sim, rock britânico.

Não é preciso rebeldia para fazer rock and roll?

Uma vez eu cantei a música Minha Alma, do Rappa, e no dia eu estava muito nervosa, não gostei da minha apresentação. Quando assisti depois, olhei aquilo e falei: "Puxa vida, pegada. Falta pegada." Realmente, acho que rock and roll precisa de pegada. Mas eu não tenho a menor vontade de fazer um disco inteiro de rock and roll. Eu não sou essa pessoa e eu não tenho essa pegada inteira que precisa ter.

É como se você fosse sempre uma menina. As pessoas vão te ver um dia com 27 anos?

As pessoas esquecem de perceber que eu cresci. Quando elas abrem os olhos e escutam de verdade, sem preconceitos, percebem que o som é outro, que a voz não é mais de menininha. As pessoas que não estão tão atentas não percebem, não me deixam crescer.

O que as pessoas não precisam mais esperar de você?

Não dá mais para esperar uma Sandy Lady Gaga, uma Sandy Beyoncé, dançando com bailarinos e microssaia top e um telefone na cabeça ou qualquer coisa assim. Essa não sou eu. O que você pode esperar é uma Sandy atrás do piano, cantando suas composições. Quem sabe até um projeto de jazz, de MPB. Não dá mais para esperar uma diva superstar americana. E só mais uma coisa: eu pensei de novo naquilo que você falou da rebeldia, talvez ser necessária para fazer rock... Essa coisa que eu falei da pegada... Você não imagina por exemplo a Gal Costa cantando um rock, não combina com ela o timbre, o jeito. Mas a gente também não imaginava o Caetano fazendo rock e ele gravou um disco de rock. Não, não é necessário ser rebelde para se fazer uma música desse tipo. Eu conheço um metaleiro que tem uma família incrível, que nunca foi rebelde, e no palco é o mais puro "sangue nos zóio".

Mas não é isso que você é, não é? Se tiver de interpretar uma música como Minha Alma, não tem onde buscar a raiva de que ela precisa.

Talvez eu tenha, mas não é isso que eu quero por para fora. Eu gosto de sentimentos mais melancólicos, mais sutis, mais delicados, mais ternos. Sempre que canto uma música mais romântica me arrepio, me soltava. É isso que me pega.

Queremos Sandy no programa do Jô

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sandy escreve 'crônica' para a revista Veja Campinas

A revista Veja Campinas publicou uma crônica intitulada 'Ovo de Óleo', escrita pela Sandy. Confira:



' O que havia de errado com a receita das rosquinhas de coco, que não ficavam iguais às de Bernadete? A menina de 10 anos, tomada de frustração, tentava decifrar o enigma. Durante suas férias no campo, ela observara atentamente, do degrau entre a cozinha e a sala, a mulher que preparava as rosquinhas mais macias e gostosas que ela já provara. De volta a sua casa, tentava reproduzir o feito. Sem sucesso.

Seria a falta do “ovo caipira”? As marcas de farinha disponíveis em Campinas seriam diferentes das de lá? Seria, talvez, a falta da mão confiante e experiente de Bernadete? Ou teria a mulher passado a mágica receita erradamente? Não, ela era atenciosa e bondosa demais para fazer algo do tipo.

É, talvez fosse mesmo a falta daquele ingrediente que ela não conseguia entender... “Cinco meias cascas de ovo de óleo.” O que seria um “ovo de óleo”? Na dúvida, pegava apenas cinco ovos “normais” e, um a um, ia acrescentando à massa somente o que cabia na metade da casca de cada um. E a massa ficava sempre ressecada, rígida, que droga!

Depois de duas tentativas fracassadas, a pequena, finalmente, venceu a vergonha de sua possível ignorância e perguntou à mãe o que seria o “ovo de óleo”. A mãe, ocupada e sem dar muita atenção à estranheza da questão — “coisas de crianças...” —, apenas disse que não existia animal algum chamado “óleo”, portanto, não teria como existir tal ovo.

Ao longo daquele ano, a menina tentou acertar a receita duas, três, cinco vezes. Desistiu. Resolveu que, nas próximas férias, pediria a Bernadete que preparasse novamente as rosquinhas, explicando-lhe detalhadamente o processo. Aí, sim, essa receita danada não mais lhe escaparia às mãos!

Passaram-se os meses e, depois de ela controlar, com muito custo, a enorme ansiedade, enfim, as férias! Foi então que veio a grande decepção: chegando à fazenda, a pequena aspirante a mestre-cuca perguntou pela “professora” e recebeu a trágica notícia de que ela havia deixado o emprego para trabalhar em outra cidade. Que tristeza, quanta falta de sorte... Parecia que aquelas rosquinhas queriam pertencer apenas a sua mestra criadora, e a mais ninguém!

Tal frustração fez com que a menina decidisse encerrar suas atividades culinárias. E “para sempre”! Era quase um sentimento de humilhação aquilo que a invadia, ao fim de tantas tentativas fracassadas. Não queria mais sentir aquilo. Mesmo sabendo da existência de outros milhares de receitas possíveis de ser executadas, o medo de não acertar e, então, sentir algo parecido a paralisava.

Anos se passaram e a pequena deixou de ser pequena. No alto de seus 17 anos, ela concluía, agora, o último ano de colégio. Pensando nas férias que se aproximavam, lembrou-se daquele sonho de menina interrompido por si diante da primeira dificuldade. Que bobagem! Resolveu, então, remexer um pouco nesse passado. Comprou um livro de receitas!

No ônibus escolar, na volta para casa, a jovem abriu o livro, folheou, folheou, folheou, escolheu encarar uma receita de bolo de coco. Na terceira linha de descrição dos ingredientes, ela leu “meia xícara (de chá) de açúcar”... E, depois, “uma colher (de sopa) de fermento”... E sorriu.'

(Sandy, é cantora e compositora)

Fonte: Veja Campinas

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sorteados para platéia do programa HEBE (19/07/10)




Informações / regras:

- horário chegada 12h00 no SBT;
- maior de 18 anos;
- levar RG original. Sem documento NÃO ENTRA

domingo, 4 de julho de 2010

Sandy canta música de Charles Chaplin em especial do Altas Horas


Sandy retomou sua carreira recentemente, agora de forma solo. O primeiro disco dela, após o fim da dupla com seu irmão Júnior Lima, foi batizado de Manuscrito. O trabalho apresenta uma cantora mais melancólica.

Neste sábado, dia 03 de julho, Sandy será uma das atrações do especial Altas Horas, que vai reunir grandes nomes da música brasileira e a Orquestra Bachiana Filarmônica. O programa também terá a participação de Chitãozinho & Xororó.

Durante o programa, Sandy comenta que alguns dos músicos da banda base da orquestra já tocaram com seu pai. A cantora ainda emociona a todos da plateia ao se apresentar com a música Sorri, de Charles Chaplin.

sábado, 3 de julho de 2010

Sandy participa de show do Roupa Nova

Cantora encantou fãs, na sexta-feira (2)

QUEM Online

.AgNews
Sandy participou do show da banda Roupa Nova

Sandy participou de um show ao lado do Roupa Nova. A banda convidou a cantora e outros nomes da música brasileira para fazer parte da gravação do CD e DVD de 30 anos de carreira.

A apresentação aconteceu no Credicard Hall, em São Paulo, na sexta-feira (2). A cantora, que é casada com Lucas Lima, usou um vestido tomara-que-caia para a noite musical. No palco, ela dançou ao lado dos integrantes.

 Orlando  Oliveira / AgNews
A apresentação marcou os 30 de carreira da banda

Após cantar, a estrela, de 27 anos, falou sobre o clima do show, no Twittter. "Missão de hoje... cumprida! O show do Roupa Nova tava numa ótima vibe...", comentou. A gravação contou também com a presença de Fresno, Milton Nascimento e Padre Fabio de Melo.

Nesta semana, Sandy também foi clicada em outra ocasião. A cantora curtiu um jantar na companhia do marido e do irmão, Junior Lima.

Mais notícias, fotos e perfil de Sandy

 Orlando Oliveira /  AgNews
A estrela curtiu o som da banda no palco


Sandy fará show com Roupa Nova

Marisa Calduro /  Época

Sandy fará uma participação no show da banda Roupa Nova, informou o jornal “Extra” desta sexta-feira (21). A cantora, que ainda não anunciou sua primeira turnê solo, participará da apresentação de gravação do DVD em comemoração aos 30 anos de carreira do grupo.

O show será realizado no Credicard Hall, no dia 2 de julho, em São Paulo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Serginho Groisman comanda especial de 10 anos do "Altas Horas" e reúne músicos populares com eruditos



Um dos grandes apresentadores do Brasil, Serginho Groisman gravou na tarde de quinta-feira (01), nos estúdios da Globo de São Paulo, especial em comemoração aos 10 anos do programa "Altas Horas", que serão completados entre outubro e novembro. “A marca de 10 anos é um ciclo, e queremos comemorar com diferentes atrações. Vamos aproveitar a data reunindo nomes importantes que passaram pelo programa em todos esses anos”, disse Groisman.

A equipe do "Altas Horas" – 17 pessoas na produção, 90 pessoas na técnica -- tem se dedicado a gravar especiais de 40 em 40 dias para celebrar a primeira década do programa. Desde o início do ano já foram gravados especiais com o Cirque du Soleil, Erasmo Carlos e sobre Renato Russo. Em fevereiro, o cenário do programa foi repaginado, e ganhou o formato de arena.

No programa que vai ao ar neste sábado (03), a Orquestra Bachiana Filarmônica, regida pelo maestro João Carlos Martins e seu assistente, Sergei Eleazar de Carvalho, tocou ao lado de grandes nomes e a nova geração da música popular brasileira, em um show de quase duas horas de gravação. “Eu agradeço a todos os músicos por virem fazer este programa, porque todos vieram com alegria e prazer em tocar”, comentou Serginho.

Zé Paulo Cardeal/TV Globo
Chitãozinho e Xororó  interpretam Se Deus me  ouvisse
Chitãozinho e Xororó interpretam "Se Deus Me Ouvisse"

A primeira a pisar no palco foi Maria Gadú, que cantou “Tudo Diferente”. Revelada em 2009 com o sucesso “Shimbalaiê”, ela declarou a Serginho: “Obrigada por todos esses anos de informações”. Já Chitãozinho & Xororó relembraram um dos seus maiores sucessos, “Se Deus Me Ouvisse”. A dupla, que neste ano completa 40 anos de carreira, também tem show programado ao lado da orquestra de João Carlos Martins. “É lindo estar ao lado dessa orquestra”, disse Xororó, que sobe ao palco no Via Funchal, em São Paulo, no dia 22 deste mês, para iniciar as suas comemorações.

Com seu rock, Pitty botou pra quebrar a platéia com a canção “Me Adora”. A roqueira resolveu provocar Groisman: “Serginho, você está bem conservado para quem já tem 10 anos de programa”, brincou. Já o sambista Dudu Nobre homenageou um dos maiores nomes da história do samba, Cartola, com a música “Alvorada” e tirou de letra sua apresentação com a orquestra. “Quando pequeno estudei 10 anos de piano clássico. Eu me amarro nisso e acho muito legal unir o popular com o clássico”, animou-se ele.

Zé Paulo Cardeal/TV Globo
Pitty e Sergnho  Groisman
Pitty brinca com Sergnho Groisman

Sandy optou pelo clássico “Sorri”, versão de “Smile”. “Escolhi essa música para te homenagear”, disse ela ao apresentador, sob o olhar da mãe, Noely Lima, sentada na platéia com sua supermáquina fotográfica profissional, registrando, como sempre, os melhores momentos da carreira da filha. O ápice da gravação foi a presença de Milton Nascimento, o único a cantar duas músicas: “Coração de Estudante” e “Eu sei que vou Te Amar”. Esta último foi executada apenas com o acompanhamento de João Carlos Martins ao piano. “O que mais penso quando faço uma música é de que forma vou apresentá-la no palco, pois o público é o mais importante”, comentou Milton para a platéia, que o ovacionava em pé.

A dupla Cesar Menotti & Fabiano também fez bonito, apresentando o sucesso “Leilão”, que foi acompanhada de pé pela platéia. Vocalista da banda mineira Pato Fu, Fernanda Takai, depois de encantar com “Seja o meu Céu”, agradeceu a Serginho. “É seu aniversário e é você quem dá o presente”, disse a cantora, feliz por ser uma das escolhidas para o programa. Arnaldo Antunes escolheu “Socorro”, de sua autoria, e Rogério Flausino, vocalista da banda Jota Quest, cantou um de seus recentes sucessos, “O Sol”. Já Ed Motta arrebentou com “Caso Sério”, sucesso de Rita Lee. “Tenho uma grande admiração pela música clássica e por este programa”, garantiu Ed.

Assinada pelo italiano Ennio Morricone, a trilha do filme “Cinema Paradiso”, de 1988, foi a obra escolhida pelo maestro para fechar o programa em grande estilo. Em seguida, João Carlos Martins preparou uma surpresa para Serginho e sua equipe de trabalho. “Esta é a quarta vez que farei isso... só faço em momentos especiais”, comentou, tocando em seguida “Parabéns pra Você”, no piano, arrancando lágrimas de Serginho. Antes do apresentador, apenas Oscar Niemeyer, Jô Soares e Antônio Fagundes haviam sido agraciados de forma tão familiar com o talento do maestro.

Zé Paulo Cardeal/TV Globo
João Carlos  Martins acompanha Milton Nascimento ao  piano
João Carlos Martins acompanha Milton Nascimento ao piano